sexta-feira, 16 de março de 2012

O PERIGO DA GRAÇA ( 2ª PARTE )

A mensagem de Amós - 3 : 2  ( Continuação )

Amós começa suas profecias primeiramente contra seis nações ( Damasco, Gaza, Tiro, Edom, Moabe ). As três mais longínquas e as três “ primas “, Consecutivamente. Depois ele fecha o cerco e fala de Judá e Israel. As nações são punidas pelos pecados cometidos contra as leis da natureza e da consciência, mas Israel e Judá são castigadas por transgredirem contra as verdades reveladas de Deus.

A intenção da série de profecias era terminar no povo de Deus. Isarel tinha o que as nações pagãs nunca tiveram – a Lei do Senhor. O povo de Deus não estava dando a devida importância aos mandamentos divinos, deixando de observá-los. Adotou a mentira, agarrou-se aos ídolos e levava a vida relaxadamente. Amós trás vários pronunciamentos as nações do norte, mas reserva o julgamento mais severo por último, e este era dirigido a Israel, o povo escolhido do Senhor.

Aqui temos uma mensagem de incomparável importância. Deus diz que de todas as famílias da terra, ele só “ conheceu “ a Israel, “ Conheceu “, nessa mensagem  significa ser amado, ser  escolhido, ser separado por Deus. O Senhor tomou  Israel para seu povo e isto é um privilégio. Seria portanto de se esperar que pelo fato de Deus ter escolhido e amado a Israel, ele não levasse em contamos seus pecados. Mas não é bem assim, pois, Deus não pode de maneira alguma negar seu caráter santo, não importa que esteja  envolvido. Visto que  Deus levou Israel a gozar do privilégio de sua intimidade, com maior razão, Ele fará recair sobre esta nação,  todas as suas iniqüidades.

Amós nos ensina que o castigo é proporcional ao privilégio. “ Daquele a quem muito foi dado, muito se exigirá “ ( Lc 12:48 ). Quanto mais próximo do Senhor estivermos, tanto mais fidelidade e responsabilidade ele requererá de nós; mesmo a frouxidão espiritual de outros crentes nunca poderá servir-nos de modelo ou como desculpas. Amados irmãos, hoje a igreja, o povo escolhido do Senhor, tem estado satisfeita com uma “ espiritualidade rasa “, porque tem pouca convicção do pecado. Os eleitos pouco a pouco vão se acostumando com este mundo. Os crentes, e não são poucos, estão se envolvendo com jogos de azar, com bebibas alcólicas e vícios. Os jovens crentes em namoros mistos e descomedidos. Os estudantes acham normal colar nas provas. A televisão cada vez mais imoral tem tido a preferência dos crentes em detrimento as reuniões da igreja.

Esta já não consegue chorar mais pelos seus pecados, porque acha tudo normal. Como nos dias de Amós, hoje damos nossos dízimos, oferecemos nossos sacrifícios dominicalmente, temos coral,  conjuntos de louvor, templos bonitos, mas a igreja continua murcha, árida e seca. Porque ? Porque há pecados enterrados no arraial de Deus, pecados debaixo  de nossas tendas.

Amós declara aquele povo e a nós também, que a escolha de Deus nunca pretendeu ser  cobertura de  pecados. Não; a casa de Deus não pode ser transformada em covil de salteadores, ou  seja, pensar que se pode pecar a vontade e depois salvar as suas consciências com o oferecimento mecânico de sacrifícios, sem qualquer mudança de coração. O fato de Deus ter escolhido seu povo, não o impediu de punir a mentira de Ananias e Safira ( At 5:1-11 )

Grande é a benção da proximidade de Deus, mas grande é, também a responsabilidade de viver em conformidade com sesta luz. Como afirma Cleómine” A. Figueiredo, “ Ser escolhido é privilégio, ser  escolhido é perigoso. Aproximar-se da luz é benção, mas errar com a luz é castigo terrível. Ter energia elétrica em casa é ótimo, errar com a descarga é fatal “. Aí daqueles que “ andam á vontade em Sião “ ( 6:1 ). Aí desses que estão descansando numa falsa segurança gerada por rituais frios, que pensam estar satisfazendo a Deus, mas que vivem descuidado com a vida espiritual. A segurança carnal baseada em sua eleição como povo de Deus não desviará a ira de Deus contra Israel ( 9:1-10 ).

Deus abençoe



Fonte : Revista de Estudos direcionado para Escolas Bíblicas – JUNEC – Edição nº 37

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