quarta-feira, 28 de março de 2012

Momentos na vida de Cristo


Jesus e Nicodemos

A Bíblia registra vários diálogos que Jesus fez. Essas trocas nos dão vislumbres fascinantes de como teria sido falar com ele. Em João 3, um líder judeu, Nicodemos, foi falar com Jesus à noite. Ele começou elogiando a Jesus (João 3:2). Será que Nicodemos pensou que Jesus o comoveria a alta posição entre seus discípulos? Em caso afirmativo, a resposta de Jesus deve ter sido devastadora: "Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3). Nem mesmo uma autoridade de destaque pode entrar no reino sem uma mudança radical.

No desenrolar da conversa, Jesus explicou o que queria dizer "nascer de novo". Ele disse: "Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus" (João 3:5).

Nascido da água. O único nascimento da água na Bíblia é o batismo. Romanos 6:4 explica que, após o sepultamento no batismo, ressuscitamos para levar uma nova vida. A relação entre João 3:5 e Romanos 6:4 é tão óbvia que nenhuma pessoa, sem ter sido previamente influenciada, pode negar que nascer da água seja uma referência ao batismo. Infelizmente, muitas pessoas têm teologias que negam ser o batismo essencial para a salvação; tentam fugir do que Jesus quis dizer, redefinindo o nascimento da água. Mas Jesus afirma que, para entrar no céu, o batismo se faz necessario.

Nascido do Espírito? Jesus explicou: "O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é espírito" (João 3:6). O nascimento do Espírito consiste numa transformação espiritual radical (veja Romanos 6). O ato físico do batismo, em si, não garante ingresso no reino. Ao batismo nas águas deve-se mesclar a transformação espiritual, ou seja, o renascimento do interior. Você nasceu de novo?


sexta-feira, 16 de março de 2012

O PERIGO DA GRAÇA ( 2ª PARTE )

A mensagem de Amós - 3 : 2  ( Continuação )

Amós começa suas profecias primeiramente contra seis nações ( Damasco, Gaza, Tiro, Edom, Moabe ). As três mais longínquas e as três “ primas “, Consecutivamente. Depois ele fecha o cerco e fala de Judá e Israel. As nações são punidas pelos pecados cometidos contra as leis da natureza e da consciência, mas Israel e Judá são castigadas por transgredirem contra as verdades reveladas de Deus.

A intenção da série de profecias era terminar no povo de Deus. Isarel tinha o que as nações pagãs nunca tiveram – a Lei do Senhor. O povo de Deus não estava dando a devida importância aos mandamentos divinos, deixando de observá-los. Adotou a mentira, agarrou-se aos ídolos e levava a vida relaxadamente. Amós trás vários pronunciamentos as nações do norte, mas reserva o julgamento mais severo por último, e este era dirigido a Israel, o povo escolhido do Senhor.

Aqui temos uma mensagem de incomparável importância. Deus diz que de todas as famílias da terra, ele só “ conheceu “ a Israel, “ Conheceu “, nessa mensagem  significa ser amado, ser  escolhido, ser separado por Deus. O Senhor tomou  Israel para seu povo e isto é um privilégio. Seria portanto de se esperar que pelo fato de Deus ter escolhido e amado a Israel, ele não levasse em contamos seus pecados. Mas não é bem assim, pois, Deus não pode de maneira alguma negar seu caráter santo, não importa que esteja  envolvido. Visto que  Deus levou Israel a gozar do privilégio de sua intimidade, com maior razão, Ele fará recair sobre esta nação,  todas as suas iniqüidades.

Amós nos ensina que o castigo é proporcional ao privilégio. “ Daquele a quem muito foi dado, muito se exigirá “ ( Lc 12:48 ). Quanto mais próximo do Senhor estivermos, tanto mais fidelidade e responsabilidade ele requererá de nós; mesmo a frouxidão espiritual de outros crentes nunca poderá servir-nos de modelo ou como desculpas. Amados irmãos, hoje a igreja, o povo escolhido do Senhor, tem estado satisfeita com uma “ espiritualidade rasa “, porque tem pouca convicção do pecado. Os eleitos pouco a pouco vão se acostumando com este mundo. Os crentes, e não são poucos, estão se envolvendo com jogos de azar, com bebibas alcólicas e vícios. Os jovens crentes em namoros mistos e descomedidos. Os estudantes acham normal colar nas provas. A televisão cada vez mais imoral tem tido a preferência dos crentes em detrimento as reuniões da igreja.

Esta já não consegue chorar mais pelos seus pecados, porque acha tudo normal. Como nos dias de Amós, hoje damos nossos dízimos, oferecemos nossos sacrifícios dominicalmente, temos coral,  conjuntos de louvor, templos bonitos, mas a igreja continua murcha, árida e seca. Porque ? Porque há pecados enterrados no arraial de Deus, pecados debaixo  de nossas tendas.

Amós declara aquele povo e a nós também, que a escolha de Deus nunca pretendeu ser  cobertura de  pecados. Não; a casa de Deus não pode ser transformada em covil de salteadores, ou  seja, pensar que se pode pecar a vontade e depois salvar as suas consciências com o oferecimento mecânico de sacrifícios, sem qualquer mudança de coração. O fato de Deus ter escolhido seu povo, não o impediu de punir a mentira de Ananias e Safira ( At 5:1-11 )

Grande é a benção da proximidade de Deus, mas grande é, também a responsabilidade de viver em conformidade com sesta luz. Como afirma Cleómine” A. Figueiredo, “ Ser escolhido é privilégio, ser  escolhido é perigoso. Aproximar-se da luz é benção, mas errar com a luz é castigo terrível. Ter energia elétrica em casa é ótimo, errar com a descarga é fatal “. Aí daqueles que “ andam á vontade em Sião “ ( 6:1 ). Aí desses que estão descansando numa falsa segurança gerada por rituais frios, que pensam estar satisfazendo a Deus, mas que vivem descuidado com a vida espiritual. A segurança carnal baseada em sua eleição como povo de Deus não desviará a ira de Deus contra Israel ( 9:1-10 ).

Deus abençoe



Fonte : Revista de Estudos direcionado para Escolas Bíblicas – JUNEC – Edição nº 37

sexta-feira, 9 de março de 2012

PERIGO DA GRAÇA - AMÓS 3:2


Amós ( carregador de fardos ) cujo nome não aparece em  nenhuma outra parte do AT, era natural de Tecoa  cidade de Judá, que ficava a 16 km ao sul de Jerusalém ( 1:1 ). Tinha por profissão ser boiadeiro e cultivador de sicômoros. Não ere de família rica ou influente e sim membro de uma família pobre de Tecoa.
Suas figuras de linguagem e seu vocabulário são extraídos da vida agreste ( 3 : 4, 5 ). Amós profetizou nos dias de Uzias, rei de Judá e de Jeroboão II, rei de Samaria ( 779-743 AC ). Ambos reinaram paralelamente por 36 anos.
A mensagem de Amós é muito significativa para os nosso dias. Ela nos exorta sobre o perigo de se brincar com a graças de Deus.
1.      O Contexto Histórico de Amós
Vamos examinar algumas das condições que prevaleciam no tempo de sua atuação :
Quando Amós começos a pregar em Samaria fazia mais de 30 anos que a Assíria havia destruído a Síria, seu vizinho. Isto facilitou e permitiu que Jerobão II ampliasse suas fronteiras ( II Reis 14:25 ), desenvolvendo assim um grande centro comercial em Samaria. Começa aqui a surgir um grande problema : ali, diante de seus olhos, Amós observa a pomposidade daquela elite social. Eram sedas finíssimas, tapetes felpudos, móveis e artigos luxuosos, desfiles de modas , etc.
O problema é que toda essa riqueza não era distribuída equitativamente entre  o povo. Essa permanecia nas mãos dos negociantes desonestos. Nesta época, prevalecia a opressão aos pobres e aos mais humildes por parte dos ricos.
-Vendiam prisioneiros de guerra como escravos – 19;
-Vendiam pessoas por dinheiro e condenavam os necessitados por um par de sandálias– 2:6;
-As mulheres a fim de usufruírem dos luxos, oprimiam e esmagavam osmpobres – 4:1;
-Amós compara estas damas da alta sociedade a vacas gordas no pasto ( vacas de Basã ).
-Pela mais insignificante quantia ( um par de sandálias ) era possível comprar os tribunais da época;
-Os ricos tinham o coração endurecidos e indiferente para com as aflições dos famintos ( 6:3-6 );
-A justiça  só favorecia aqueles que podiam pagar mais subornos ( 8:6 );
-Os pobres só podiam obter recursos entre os agiotas ( 5:11-12 ), e eram freqüentemente obrigados a hipotecar suas terras ( 8:4-6 );
Obviamente que as questões que as condições sociais e políticas influenciaram todo o contexto espiritual. Havia ma nação um espírito  profundamente religiosos. Israel se gabava de sua cultura religiosa e de seu espírito moderno de tolerância.
Somos informados de que o povo trazia sacrifícios todas as manhãs conforme exigia a lei ( 4:4, 5  com Nm, 28:3-4 ). Essas pessoas eram fiéis á letra da lei, enquanto a transgrediam com um culto idólatra.
-Pagavam seus dízimos de três em três anos, também em conformidade com a lei ( Dt 14:28, 26:12 ).
-Em 4:4 e 5 percebemos que o povo exteriormente estava  em perfeita harmonia com  sua religião, mas interiormente a transgredia. Ao mesmo tempo que estava religiosamente na igreja, estava  mergulhado em todas as formas aviltantes de impurezas e idolatrias.
-Deus mostra em 5:21-23 que não se agrada de corações divididos. Ele é o único Deus e não tolera rivais na adoração. Vêm-nos á mente as palavras do profeta Elias : “ Até quando coxeareís entre dois pensamentos ? Se o Senhor é  Deus, segui-o;  se é Baal, segui-o “.
A crise espiritual, social e política dos dias de Amós tem seus  paralelos com a situação dos nossos dias.


Obs: Continuaremos na próxima postagem.
Deus te abençoe.